Quase Trintona...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Jantar Produtivo

O jantar ontem foi super interessante. Cheguei atrasada, pois claro e como sempre. Começa a ser a minha imagem de marca. Fiquei retida no escritório porque à última hora tive de ligar para uma daquelas revistas de 'socialite' com que nós trabalhamos mais e mandar um artigo sobre uma das pessoas de quem nós representamos. - Ideia do patrão-mor, já que o outro chefe saiu cedo e acompanhado pela menina das fotocópias outra vez (não que eu esteja deliberadamente na cusquice, mas eles também não são lá muito reservados)...
Como fiquei para trás no escritório, o P. passou-se comigo. Numa furia acumulada de há várias semanas, mandei-o mesmo ir com os porcos, entre palávras azedas e palavrões não recomendados a uma profissional de RP. Eu sei que descartar-me assim das pessoas não é bom, que dá mau karma, etc, etc... Sabem, eu também vejo 'O meu nome é Earl' e sei tudo sobre essas coisas... (ou quase tudo). Mas o rapaz já me estava a enervar com o raio da possessividade - e eu não sou nenhum objecto ou animal de estimação para ter um dono.
De qualquer maneira, o patrão apercebeu-se do drama e veio até à minha secretária perguntar-me se precisava de alguma coisa. Eu, parva como sempre por ser apanhada a tratar de assuntos pessoais no local de trabalho, acabei por embater nas resmas de papel para impressora atrás de mim, as quais simpáticamente aguardaram que o patrão saísse do meu cubiculo para me caírem todas aos pés.
E assim perdi quase uma hora do jantar. O pessoal estava todo reunido, foi bom ver caras desconhecidas também. Depois do jantar ainda fomos dar uma volta aos bares do Parque das Nações, mas não entrámos em nenhum. Estáva a ficar fresco, e eu estáva cansada e tinha de vir trabalhar hoje, por isso despedi-me. A caminho da gare do oriente dou de caras com... o patrão. Apareceu-me por trás, agarrou-me o pulso e eu fiquei mesmo a bater mal...
Primeiro, porque me assustei. Segundo, porque não percebi muito bem o que é que ele estáva a fazer ali, àquela hora da noite... Mas ele lá me esclareceu, dizendo que tinha vindo ao cinema com um amigo (sim, um amigO... sei...) e que como não lhe apetecia ir para casa resolveu vir dar uma volta ao parque das Nações. Estáva ali agora porque ía buscar o carro dele, que estáva estacionado mesmo por baixo da estação do oriente, e ía para casa.
'Precisas de boleia para casa?' - perguntou-me ele.
Não sei porquê mas comecei a tremer que nem varas verdes. Estáva frio, mas não era caso para tanto. Respondi tímidamente que não, porque tinha a estação do metro mesmo em frente de minha casa e por isso ía de metro.
'Anda lá' - disse ele, e depois fez aquele olhar de 'gato das botas' em 'Shrek'.
Não sei porquê, mas ele pareceu-me extremamente atraente, ali, a meia luz, mais alto que eu, cabelo escuro, olhos cinzentos e enigmáticos, a barba por fazer de alguns dias, e o cheiro a perfume caro, um sorriso franco, uns lábios apetitosos.... OK - chega de fantasias.
Fumámos um cigarro a meias, e despedimo-nos ali. Depois voltei para casa a dizer cobras e lagartos de mim e da minha estúpida timidez. Estávamos os dois sózinhos e eu só me apetecia trazer alguém para casa hoje, ter uma noite inesquecível, de preferência com muitos, muitos orgasmos.
Assim que pus a chave à porta, só me apetecia bater em mim mesma. Mas por um lado foi melhor assim. Relações entre colegas de trabalho nunca dão certo, principalmente entre patrão e subordinada. E eu sempre disse que nunca me envolveria com ninguém do trabalho. Para esquecer o torpor do que se tinha passado minutos antes, lá acabei por ligar ao P. que em menos de 10 minutos se pôs na minha casa, e depois se pôs em mim, para um fim de noite digno de esquecimento mas cheio de sexo.

--------------------oOo--------------------

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Passei no teu blog por acaso e gostei do que li. Continua a contar as tuas aventuras :-), cá estarão os teu leitores para se rirem ( no bom sentido), és divertida no modo com relatas os acontecimentos. Beijinho

21 de setembro de 2007 às 10:29  

Enviar um comentário

<< Home