Quase Trintona...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Passagem...

O meu desaparecimento deve-se somente a muito trabalho acumulado. O patrão-mor e o chefe mandaram-me para aquela sessão de fotografia no Sábado e nem sequer lá puseram os pés - calculo que acordar num Sábado de manhã não está no currículo deles. Claro que fiquei mais que decepcionada! Eu então, que adoro construir castelos no ar, tinha construído já um palácio na sexta-feira antes de ir para a cama com o meu instrumento de prazer pessoal.
Enfim... No Domingo, as coisas não podiam ter corrido pior. Abro a Revista do Público, e pimba! Lá está o patrão-mor com uma deslavada tão fininha, tão fininha que era quase transparente. Raios! Aquela cena estragou-me o dia... Mas nem sei porquê, porque antes isto não me afectava tanto.
Só que desde aquele encontro com o patrão-mor na Estação do Oriente, houve uma transformação na minha maneira de ver o boss. Ele pareceu-me tão vulnerável, só me apeteceu abraçá-lo e dar-lhe muitos mimos. Claro que devido aos conceitos sociais de boa subordinada, mantive-me no meu lugar e nada de demonstrações. Sou uma estúpida. Devia logo tê-lo violado ali mesmo, entre aqueles pilares de betão escuros, com recantos tão desconhecidos como privados.
Enfim, para me consolar acabei por passar quase cinco horas ao telefone com o P., e depois acabei no quarto dele, na cama dele, semi despida. Apercebi-me rápidamente do meu erro, e num ápice inventei uma desculpa para cobardemente me pôr na alheta.
Óptimo. Agora até a minha vida íntima está a sofrer com as repercursões do encontro com o meu patrão-mor, e posteriormente, com as repercursões da fotografia maldita - que diz a minha experiência, não significa nada - mas que interiormente isso é o mesmo que dizer a um coxo para andar direito.
E assim acabou o meu Domingo, em plena solidão, a fazer zapping nos canais da TV Cabo. Na segunda-feira andei entre reuniões, quase nem pousei no escritório. O patrão-mor ligou-me à hora de almoço para me dizer que no dia seguinte tinha de ir ao Porto (outra vez?). Pediu-me para tomar as rédeas do escritório porque o chefe junior ía estar ausente de férias (desde quando???).
Na Terça-feira, lá fiquei eu no escritório o dia todo, almocei uma sandocha enquanto fazia um relatório para entregar nesse mesmo dia e nem tempo tive para andar no devaneio cibernético. Às seis da tarde, quando me preparava para fechar o escritório, o patrão-mor liga. Estúpida fui eu que atendi - era trabalho de última hora. Ele nem me deu tempo para arranjar uma desculpa, deu-me as indicações do Restaurante, onde eu me teria de encontrar com uma famosa actriz, a qual precisava de algum aconselhamento relativamente a certos rumores que entretanto tinham sido publicados numa revista de sociedade nacional.
Resultado, cheguei a casa toda partida, tarde e a más horas e hoje foi um stress para me levantar às sete. Mas lá me levantei, e assim que cheguei ao escritório reparei que - mais uma vez - estaria sózinha a assegurar o funcionamento dos nossos departamentos. O patrão-mor apareceu por volta das cinco da tarde a tresandar a licor e champanhe. A M. lançou-me um olhar de reprovação quando eu me empoleirei metade na secretária, metade em bicos de pés na cadeira, para espreitar o cubiculo do patrão-mor, movida por uma curiosidade típica de adolescente.
Só que eu de adolescente já quase nada tenho... a não ser talvez o meu peito (obrigado mãe!). Devia de ter juizo, porque se o pessoal aqui faz a mínima ideia do turbilhão de emoções que me assola desde quarta-feira passada eu estou tramada... E o patrão-mor desconfia, nunca mais me vai confiar a escritório ou o que quer que seja daí a diante.
Às seis da tarde saí do escritório, com ideias de me juntar à 'troupe' que andava pelos lados das Docas, mas começou-me a doer a cabeça antes de saír de casa e acabei por ficar... imaginem a fazer o quê... zapping nos canais da TV Cabo... Depois cansei-me e olhem, vim pôr-vos a par daquilo que se tem passado comigo.
Ok, o meu telefone... está a tocar. Vou ficar por aqui hoje.

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